Das mulheres que se assumem sem qualquer tipo de problema. Espero que isto seja um sinal de que as mentalidades estão a mudar. Tão bom quem está nesta indústria começar a perceber que o mundo é feito de todo o tipo de mulheres e não apenas de mulheres perfeitas (a maioria delas com photoshop). Temos mesmo de começar uma nova era. Está na altura de nos assumirmos como somos, sem pudores. Magras, gordas, com curvas, sem curvas...

Continuo a acreditar que devemos lutar pelo nosso melhor (sempre). Não nos descurarmos da nossa aparência*. Mas temos de deixar de lado uma sociedade cujos valores estão associados a máximas quase impossíveis de se atingir.

Porque somos todos diferentes. E a beleza reside precisamente aí. Se o mundo fosse feito apenas de borboletas não seria um mundo bonito, não concordam? xx

*#corposreais (este movimento não é uma desculpa para nos desleixarmos. Pelo contrário. Devemos sempre procurar o nosso EU MELHOR de uma forma saudável. Comer melhor, fazer exercício físico, etc... Mas o EU MELHOR não é igual a "tenho de ser magra, tenho de pesar 40 kg, sou obesa porque não consigo me controlar a comer". Não sei se me faço entender? O EU MELHOR é sermos o NOSSO melhor, sem extremismos. Ser o EU MELHOR na nossa REALIDADE e não numa realidade idílica criada por uma sociedade que exige uma perfeição quase impossível de se atingir.

No meu caso pessoal, o meu EU MELHOR = fazer exercício todos os dias, ter uma alimentação regrada, cuidada e saudável, dormir 8h por dia (ainda estou a trabalhar neste item), vestir-me bem, arranjar-me. Mas sei que, mesmo com este esforço e dedicação, não vou ter um corpo perfeito, nem uma imagem perfeita (capa de revista, portanto). Isso faz de mim menos bonita ou menos interessante que outras mulheres? Não! Tenho de perceber que o meu corpo também tem limitações mas que devo gostar dele assim, tal como é, no seu melhor. É esta a mensagem que desejo transmitir.

[Lembro-me que quando comecei nisto da blogosfera tinha uns quilos a mais porque tinha sido mãe há pouco tempo, e demorei quase 2 anos a perder esses quilos a mais. Nessa altura havia muitos comentários anónimos sobre o meu corpo (já para não falar do meu cabelo, da minha cor de pele, etc, etc), que não era igual àquelas bloggers de moda lindas e magras e que deveria desistir do blog já ali. Pois é contra este tipo de mentalidades que me insurjo. Deixar de fazer uma coisa que gostava só porque não correspondia ao estereótipo de fashion blogger gira, magra e alta? Please...

Estava feliz com estes quilos a mais? Não. Por isso fui atrás do meu EU MELHOR. Todas nós sabemos qual é o nosso EU MELHOR e até onde podemos ir. E é isso que devemos procurar e ficarmos lá. Sermos felizes com isso. Com o que somos!]