SATC | Carrie Bradshaw
segunda-feira, janeiro 14, 2013
"AnnaSophia Robb vem ditar-nos o inevitável "Carrie on", mas recusar-nos a entrar numa nova era sem uma ode à autêntica Bradshaw.
Desde que o genérico com o tutu - o tal que custou cinco dólares - e as strappy sandals tocou pela primeira vez nos ecrãs, a televisão (e a mulher) nunca mais foi a mesma. A revolução trazida pela personagem que usava um colar com o nome (como se aquelas seis letras não fizessem história por si só) foi muito mais que saias de tule e lenços Hermès apertados no braço, mas hoje, o discurso direciona-se única e exclusivamente para o estilo.
Uma tarefa megalómana, portanto. Estamos a falar da força da natureza que, desde a primeira temporada, confessa aos sete ventos o vício por sapatos absurdamente caros e nos deixa, casaco Fendi após casaco Fendi, entrar no armário que mudaria para sempre a face da Moda. Bradshaw, na pele de Sarah Jessica Parker, foi a validação necessária que as mulheres poderosas - em Manhattan e não só - precisavam para usar o cartão de crédito na loja Manolo Blahnik - ou Louboutin, ou Jimmy Choo - mais próxima.
Assim, entre oscilações que vão da excentricidade temática (era impossível ir à inauguração de um restaurante S&M sem um top em pele) à sobriedade profissional (como o fato Vivienne Westwood com o qual entrou pela primeira vez na Vogue), a complexidade da mente de Carrie veio estabelecer novos padrões de estilo. De repente, o jogo de styling não se limitava a combinar os sapatos com o vestido, mas a planear estrategicamente que casaco de pelo se sobrepõe aos cordões de pérolas, que se conjuga com o top de renda, a saia em seda e as sandálias de cristal. Mais complicado, mais moroso, mas centenas de vezes mais divertido.
Assim, das seis temporadas aos dois filmes - que decrescem em conteúdo, mas se elevam na evolução do guarda-roupa - nascem ícones de Moda e imagens insubstituíveis, objetos de desejo e liberdade de escolha para usar uma camisa Chanel com as calças de fato de treino; nascem vénias a Patricia Field, monumentos a SJP, e odes à amizade exacerbada para além de Aidan's, Russos e Big's. Nascem referências contínuas à Samantha que todas temos no grupo de amigas, à sensibilidade de uma Charlotte que não desiste do amor e à sinceridade da Miranda a que recorremos sempre que não recusamos a verdade, nua e crua. Agora que um novo capítulo se começa a escrever, resta-nos a lembrança da revolução que assaltou a mulher contemporânea. O Sexo, a Cidade, e Carrie."
1 comentários
Foi com um enorme suspiro no fim que acabei de ler o post... alguma nostalgia e tristeza.
ResponderEliminarConfesso que acho que não vai ser a mesma essência, a SJP era autêntica, tinha um estilo próprio... os risinhos que dava, a forma apaixonada com olhava para o BIG...
Mas garantidamente que vou ver a estreia de série... mas com uma lágrima nos olhos!
Bjo*
Obrigada pelos vossos comentários. xx***